Há 18 anos foi
realizada a reforma manicomial no nosso país, uma vitória na luta contra os
maus tratos de pessoas doentes, mas que se examinada a fundo, até hoje reverbera
e se arrasta, uma vez que há problemas que persistem quando o assunto é esse.
Em primeiro lugar, o
SUS não consegue, até hoje, criar leitos em instituições adequadas no mesmo ritmo
em que manicômios são desativados. Isso permite uma continuação dos maus tratos
contra doentes mentais institucionalizados. É um problema muito sério, que
muitas vezes não é visto pela população em geral, mas que é um drama constante para
muitos doentes e suas famílias, que não possuem meios de manterem seus parentes
acometidos de males mentais em instituições privadas, dependendo das que são
disponibilizadas pelo governo.
O Brasil está há 18
anos numa fase de transição entre manicômios e instituições com um caráter muito
mais terapêutico e não violento, mas a lentidão nessa transição é inaceitável. Apenas
40% das vagas em manicômios foram transferidas para instituições como os Centros
de Atendimento Psicossocial (CAPS) entre outras também com capacidade de
internação.
Sendo assim, é notado
que, quanto mais se examina a condição da saúde pública no Brasil, mais se vê o
atraso e a lentidão na luta por uma condição melhor para a saúde do povo
brasileiro.
Por: Gabriel Spínola
Nenhum comentário:
Postar um comentário