terça-feira, 10 de abril de 2012

Reforma Manicomial, será?


Há 18 anos foi realizada a reforma manicomial no nosso país, uma vitória na luta contra os maus tratos de pessoas doentes, mas que se examinada a fundo, até hoje reverbera e se arrasta, uma vez que há problemas que persistem quando o assunto é esse.
Em primeiro lugar, o SUS não consegue, até hoje, criar leitos em instituições adequadas no mesmo ritmo em que manicômios são desativados. Isso permite uma continuação dos maus tratos contra doentes mentais institucionalizados. É um problema muito sério, que muitas vezes não é visto pela população em geral, mas que é um drama constante para muitos doentes e suas famílias, que não possuem meios de manterem seus parentes acometidos de males mentais em instituições privadas, dependendo das que são disponibilizadas pelo governo.
O Brasil está há 18 anos numa fase de transição entre manicômios e instituições com um caráter muito mais terapêutico e não violento, mas a lentidão nessa transição é inaceitável. Apenas 40% das vagas em manicômios foram transferidas para instituições como os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) entre outras também com capacidade de internação.
Sendo assim, é notado que, quanto mais se examina a condição da saúde pública no Brasil, mais se vê o atraso e a lentidão na luta por uma condição melhor para a saúde do povo brasileiro.


Por: Gabriel Spínola

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